quinta-feira, 12 de agosto de 2010

    Vocês estão se perguntando agora o porquê de enfatizar essa substância. Ela pode ser mais uma dos milhões de substâncias e compostos existentes na química, mas ela é tão importante que devemos ter cuidado com produtos que possuem o benzeno em suas composições. Foi descoberta a sua toxidade. A seguir iremos mostrar um pouco das características do benzeno, seu uso e sua toxidade para o ser humano.

Características


    O benzeno ou benzol (como também é chamado) é um hidrocarboneto (grupo de compostos que possuem somente carbono e hidrogênio em sua estrutura) aromático, com fórmula química C6H6 (veja figura abaixo), e é a base para esta classe de hidrocarbonetos: todos possuem um anel benzênico (benzeno), que, por isso, é também chamado de anel aromático.

Nota: Um composto aromático é aquele que possui uma estrutura cíclica com elétrons em ressonância (alternância das duplas ligações). O nome aromático foi dado por que esses possuem um aroma muito forte e característico, mesmo depois de se descobrir a estrutura deles, se manteve a nomenclatura.
 
Fórmula estrutural e química do benzeno.
 
 
   
Características organolépticas* e uso prático

   
    
    O benzeno é líquido, inflamável, incolor e tem um aroma doce e agradável. É um composto tóxico, cujos vapores, se inalados, causam tontura, dores de cabeça e até mesmo inconsciência. Se inalados em pequenas quantidades por longos períodos causam sérios problemas sanguíneos, como leucopenia**.
    Também é conhecido por ser carcinogênico. É uma substância usada como solvente (de iodo, enxofre, graxas, ceras e etc.) e matéria-prima básica na produção de muitos compostos orgânicos importantes como fenol, anilina, trinitrotolueno, plásticos, gasolina, borracha sintética e tintas. A benzina é uma mistura de hidrocarbonetos obtida principalmente da destilação do petróleo que possui faixa de ebulição próxima do benzeno.

*    Organoléptico: Propriedades que podem ser sentidas pelos sentidos do ser humano: Cor, sabor, tato, brilho, odor.
**    Leucopenia: Doença que provoca a redução no número de leucócitos no sangue.
 
 
Intoxicação

    
    Vários trabalhadores estão expostos ao perigo que o benzeno trás à saúde, dentre eles estão os frentistas que trabalham em postos de gasolina; mecânicos que estão expostos a produtos de origem do petróleo; quem trabalha na refinaria e destilaria de petróleo; trabalhadores de usinas de álcool anidro.
    A Intoxicação humana pelo benzeno pode ocorrer por três vias de absorção: respiratória (aspiração de vapores), cutânea e digestiva. A via respiratória é a principal, do ponto de vista toxicológico, sendo retidos 46% do benzeno inalado. Uma vez absorvido, quase imediatamente é eliminado em 50% pelos pulmões. O benzeno que permanece no corpo distribui-se por vários tecidos. Na intoxicação aguda, a maior parte é retida no sistema nervoso central, enquanto que na intoxicação crônica permanece na medula óssea (40%), no fígado (43%) e nos tecidos gordurosos (10%). Após sua absorção, parte do benzeno distribuído pelo organismo é metabolizada pelas microssomas do fígado e cerca de 30% é transformado em fenol e em derivados como pirocetamol, hidroquinona e hidroxiquinona, os quais são eliminados pela urina nas primeiras horas até 24 horas depois de cessada a exposição.
    As intoxicações agudas, em geral acidentais e graves, caracterizam-se, sobretudo pelos seus efeitos narcóticos (tontura, desmaios, narcose e coma). A dose letal oral varia de 50 a 500 mg/Kg, sendo que a inalação de 20.000 ppm (partes por milhão) é fatal entre 5 e 10 minutos.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Um pouco da História da Química.


A ciência é um conjunto organizado de conhecimentos e apresenta-se dividida em várias disciplinas, entre elas está nossa maravilhosa química. A química estuda a natureza da matéria, suas propriedades, suas transformações e a energia envolvida nesses processos.
O termo química vem do latim, chimica, palavra que deriva de alchimia, modificação da expressão árabe al Kêmiyâ, cujo significado é “grande arte dos filósofos herméticos e sábios da  Idade Média”.
A pesar de se ter conhecimento de manifestações químicas muito antes da Idade Média (por exemplo, o preparo da liga metálica bronze, o do vidro e os misteriosos compostos para a conservação de cadáveres pelos egípcios cerca de 3000 a.C.), foram os alquimistas (de 300 a 1400) que contribuíram de forma acentuada para o desenvolvimento do que constituiria a ciência química.
Na busca, sem sucesso, da pedra filosofal (que teria o poder de transformar qualquer metal em ouro) e do elixir da longa vida (que daria imortalidade), os alquimistas introduziram e aperfeiçoaram técnicas de metalurgia, sintetizaram várias substâncias, isolaram outras, além de terem registrado um grande número de experimentos em suas observações.
 
A partir do século XVII, a ciência se transforma, tornando-se mais experimental e menos filosófica: multiplicam-se as observações e as experiências; os fenômenos são classificados; procuram-se vínculos entre esses fenômenos e são elaboradas hipóteses explicativas. Surge então a necessidade de um aprofundamento das relações matemáticas, de novos experimentos com aparelhagens mais precisas, de troca de informações e uma maior organização.

Dentre os cientistas com essa nova proposta, destacam-se o inglês Robert Boyle (1627-1691) – com seus estudos sobre o comportamento dos gases, a distinção entre mistura e “combinação” – e o francês Antoine Laurent Lavoisier (1743-1794) – com a publicação, em março de 1789, de seu Traité élémentaire de Chimie (Tratado elementar de Química), ele estabelece um marco no surgimento da Química moderna; esse tratado é um resumo do seu trabalho, no qual podemos destacar o Princípio da Conservação da Massa (numa reação química a massa dos produtos é igual a massa dos reagentes), a descoberta do elemento oxigênio e sua participação nas reações de combustão, a primeira análise quantitativa da composição da água, estudos sobre fermentação e respiração. Por seu trabalho, Lavoisier é considerado o “pai da Química”.

                                                                                                                        Lavoisier

A partir de então, começou a surgir, no século XIX, um grande número de trabalhos importantes, como a aplicação da Química à Biologia, feita pelo químico e bacteriologista francês Louis Pasteur (1822-1895), e, no século XX, as descobertas sobre a estrutura do átomo, envolvendo vários cientistas.



Fonte: Adaptado de: Curso Completo de Química; vol. único;3° edição 2001; Antônio Sardella; pag.7-8.



Sejam bem vindos!

Olá pessoal. Sejam bem vindos ao blog do Química Legal. Venho por meio desse blog para mostrar-lhes um pouco sobre a história e os avanços que essa ciência traz à sociedade e como a química é imprescindível para todos nós. Ao longo de cada postagens vocês verão que é muito legal e gostoso e fácil de aprender a química, e qualquer comentário de críticas serão bem vindas. Espero que fiquem à vontade!