terça-feira, 21 de setembro de 2010

Carta de um químico.

De um Químico apaixonado...


Berílio Horizonte, zinco de benzeno de 1999.



Querida Valência:

Não estou sendo precipitado e nem desejo catalisar nenhuma reação irresversível entre nós dois, mas sinto que estrôncio perdidamente apaixonado por você. Sabismuto bem que a amo. De antimônio posso lhe assegurar que não sou nenhum érbio e que trabário muito para levar uma vida estável. Lembro-me de que tudo começou nurârio passado, com um arsênio de mão, quando atravessávamos uma ponte de hidrogênio. Você estava em um carro prata, com rodas de magnésio. Houve uma atração forte entre nós dois, acertamos os nossos coeficientes, compartilhamos nossoselétrons, e a ligação foi inevitável. Inclusive depois, quando lhe telefonei,mesmo tomada de enxofre, você respondeu carinhosamente: "Proton, com quem tenho o praseodímio de falar?" Nosso namoro é cério, estava índio muito bem, como se morássemos em um palácio de ouro, e nunca causou nenhum escândio. Eu brometo que nunca haverá gálio entre nós e até já disse quimicasaria com você. Espero que você não esteja saturada, pois devemos buscar uma reação deadição e não de substituição. Soube que a Inês lhe contou que eu a embromo: manganês cuidar do seu cobre e acredite níquel que digo, pois saiba que eu nunca agi de modoestanho. Caso algum dia apronte alguma, eu sugiro que procure um  avogrado e que me metais na cadeia. Sinceramente, não sei por que você está a procura de um processo de separação, como se fóssemos misturas e não substâncias puras! Mesmo sendo um pouco volátil, nosso relacionamento não pode dar errádio. Se isso acontecesse, irídio emboro urânio de raiva. Espero que você não tenha tido mais contato com o Hélio (que é um nobre!), nem com o Túlio e nem com os estrangeiros (Germânio, Polônio e Frâncio). Esses casos devem sofrer uma neutralização ou, pelo menos, uma grande diluição. Antes de deitar-me, ainda com o abajur acesio, descalcio meus sapatos e mercúrio no silício da noite, pensando no nosso amor que está acarbono esinto-me sódio. Gostaria de deslocar este equilíbrio e fazer com que tudo voltasse à normalidade inicial. Sem você minha vida teria uma densidade desprezível, seria praticamente um vácuo perfeito. Você é a luz que me alumíno e estou triste porque atualmente nosso relacionamento possui pH maior que 7, isto é, está naquela base. Aproveito para lembrar-lhe de devolver o meu disco da KCl. Saiba, Valência, que não sais do meu pensamento, em todas as suas camadas.


Abrácidos do:

 Marcelantânio.

sábado, 4 de setembro de 2010

Por que muita gente odeia química?

A aversão à química é uma coisa constante que observamos por ai. Quase ninguém gosta de química, porque será? Fiquei filosofando isso comigo há muito tempo e descobri o porquê. No ensino médio muitos alunos vêem química de uma forma decorada, cheio de fórmulas para se decorar, nomeclaturas de compostos orgânicos  na ponta da lingua na hora da prova. Isso deixa os alunos desmotivados para aprender. A química é fabulosa. Se todos os alunos secundaristas vissem ela como é na prática todos a amavam. Os professores deveriam mostrá-la de uma forma mais dinâmica, dando exemplos cotidianos de como ela participa no nosso cotidiano e que sem ela a vida não teria se desenvolvido. Imagine a vida sem água potável no mundo? Quem seria responsável por tratar uma água de esgoto e fazê-la consumível para a população? Se não existisse remédio? Viveriamos a base de medicina alternativa. Eu poderia escrever um livro contando a importância da química e as consequências trágicas da sociedade com sua ausência, mas basta apenas isso para contar a grande importância dela. Por isso quem não gosta de química não sabe o que está falando por citar de uma forma negativa essa ciência que trouxe muitas coisas imprescindíveis à sociedade.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

    Vocês estão se perguntando agora o porquê de enfatizar essa substância. Ela pode ser mais uma dos milhões de substâncias e compostos existentes na química, mas ela é tão importante que devemos ter cuidado com produtos que possuem o benzeno em suas composições. Foi descoberta a sua toxidade. A seguir iremos mostrar um pouco das características do benzeno, seu uso e sua toxidade para o ser humano.

Características


    O benzeno ou benzol (como também é chamado) é um hidrocarboneto (grupo de compostos que possuem somente carbono e hidrogênio em sua estrutura) aromático, com fórmula química C6H6 (veja figura abaixo), e é a base para esta classe de hidrocarbonetos: todos possuem um anel benzênico (benzeno), que, por isso, é também chamado de anel aromático.

Nota: Um composto aromático é aquele que possui uma estrutura cíclica com elétrons em ressonância (alternância das duplas ligações). O nome aromático foi dado por que esses possuem um aroma muito forte e característico, mesmo depois de se descobrir a estrutura deles, se manteve a nomenclatura.
 
Fórmula estrutural e química do benzeno.
 
 
   
Características organolépticas* e uso prático

   
    
    O benzeno é líquido, inflamável, incolor e tem um aroma doce e agradável. É um composto tóxico, cujos vapores, se inalados, causam tontura, dores de cabeça e até mesmo inconsciência. Se inalados em pequenas quantidades por longos períodos causam sérios problemas sanguíneos, como leucopenia**.
    Também é conhecido por ser carcinogênico. É uma substância usada como solvente (de iodo, enxofre, graxas, ceras e etc.) e matéria-prima básica na produção de muitos compostos orgânicos importantes como fenol, anilina, trinitrotolueno, plásticos, gasolina, borracha sintética e tintas. A benzina é uma mistura de hidrocarbonetos obtida principalmente da destilação do petróleo que possui faixa de ebulição próxima do benzeno.

*    Organoléptico: Propriedades que podem ser sentidas pelos sentidos do ser humano: Cor, sabor, tato, brilho, odor.
**    Leucopenia: Doença que provoca a redução no número de leucócitos no sangue.
 
 
Intoxicação

    
    Vários trabalhadores estão expostos ao perigo que o benzeno trás à saúde, dentre eles estão os frentistas que trabalham em postos de gasolina; mecânicos que estão expostos a produtos de origem do petróleo; quem trabalha na refinaria e destilaria de petróleo; trabalhadores de usinas de álcool anidro.
    A Intoxicação humana pelo benzeno pode ocorrer por três vias de absorção: respiratória (aspiração de vapores), cutânea e digestiva. A via respiratória é a principal, do ponto de vista toxicológico, sendo retidos 46% do benzeno inalado. Uma vez absorvido, quase imediatamente é eliminado em 50% pelos pulmões. O benzeno que permanece no corpo distribui-se por vários tecidos. Na intoxicação aguda, a maior parte é retida no sistema nervoso central, enquanto que na intoxicação crônica permanece na medula óssea (40%), no fígado (43%) e nos tecidos gordurosos (10%). Após sua absorção, parte do benzeno distribuído pelo organismo é metabolizada pelas microssomas do fígado e cerca de 30% é transformado em fenol e em derivados como pirocetamol, hidroquinona e hidroxiquinona, os quais são eliminados pela urina nas primeiras horas até 24 horas depois de cessada a exposição.
    As intoxicações agudas, em geral acidentais e graves, caracterizam-se, sobretudo pelos seus efeitos narcóticos (tontura, desmaios, narcose e coma). A dose letal oral varia de 50 a 500 mg/Kg, sendo que a inalação de 20.000 ppm (partes por milhão) é fatal entre 5 e 10 minutos.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Um pouco da História da Química.


A ciência é um conjunto organizado de conhecimentos e apresenta-se dividida em várias disciplinas, entre elas está nossa maravilhosa química. A química estuda a natureza da matéria, suas propriedades, suas transformações e a energia envolvida nesses processos.
O termo química vem do latim, chimica, palavra que deriva de alchimia, modificação da expressão árabe al Kêmiyâ, cujo significado é “grande arte dos filósofos herméticos e sábios da  Idade Média”.
A pesar de se ter conhecimento de manifestações químicas muito antes da Idade Média (por exemplo, o preparo da liga metálica bronze, o do vidro e os misteriosos compostos para a conservação de cadáveres pelos egípcios cerca de 3000 a.C.), foram os alquimistas (de 300 a 1400) que contribuíram de forma acentuada para o desenvolvimento do que constituiria a ciência química.
Na busca, sem sucesso, da pedra filosofal (que teria o poder de transformar qualquer metal em ouro) e do elixir da longa vida (que daria imortalidade), os alquimistas introduziram e aperfeiçoaram técnicas de metalurgia, sintetizaram várias substâncias, isolaram outras, além de terem registrado um grande número de experimentos em suas observações.
 
A partir do século XVII, a ciência se transforma, tornando-se mais experimental e menos filosófica: multiplicam-se as observações e as experiências; os fenômenos são classificados; procuram-se vínculos entre esses fenômenos e são elaboradas hipóteses explicativas. Surge então a necessidade de um aprofundamento das relações matemáticas, de novos experimentos com aparelhagens mais precisas, de troca de informações e uma maior organização.

Dentre os cientistas com essa nova proposta, destacam-se o inglês Robert Boyle (1627-1691) – com seus estudos sobre o comportamento dos gases, a distinção entre mistura e “combinação” – e o francês Antoine Laurent Lavoisier (1743-1794) – com a publicação, em março de 1789, de seu Traité élémentaire de Chimie (Tratado elementar de Química), ele estabelece um marco no surgimento da Química moderna; esse tratado é um resumo do seu trabalho, no qual podemos destacar o Princípio da Conservação da Massa (numa reação química a massa dos produtos é igual a massa dos reagentes), a descoberta do elemento oxigênio e sua participação nas reações de combustão, a primeira análise quantitativa da composição da água, estudos sobre fermentação e respiração. Por seu trabalho, Lavoisier é considerado o “pai da Química”.

                                                                                                                        Lavoisier

A partir de então, começou a surgir, no século XIX, um grande número de trabalhos importantes, como a aplicação da Química à Biologia, feita pelo químico e bacteriologista francês Louis Pasteur (1822-1895), e, no século XX, as descobertas sobre a estrutura do átomo, envolvendo vários cientistas.



Fonte: Adaptado de: Curso Completo de Química; vol. único;3° edição 2001; Antônio Sardella; pag.7-8.



Sejam bem vindos!

Olá pessoal. Sejam bem vindos ao blog do Química Legal. Venho por meio desse blog para mostrar-lhes um pouco sobre a história e os avanços que essa ciência traz à sociedade e como a química é imprescindível para todos nós. Ao longo de cada postagens vocês verão que é muito legal e gostoso e fácil de aprender a química, e qualquer comentário de críticas serão bem vindas. Espero que fiquem à vontade!